Depressão na vida do dia a dia

Depressão na vida do dia a dia 150 150 Priscilla Freund

Como está o seu humor?

Começo esse bate-papo pois não me surpreenderia se você, ao refletir, me contasse sentir-se mais entristecido e desanimado do que o costume. Recentemente foi publicada uma pesquisa sobre as capitais com maior número de pessoas diagnosticadas com depressão. E pasmem, o maior índice está em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, chegando a 17,5% de diagnósticos ( e isso que a cidade tem o mérito de ter o pôr-do-sol mais lindo do Brasil).

Pena que apenas isso ou, forçar-se a estar bem não basta para que essa doença seja tão cruel com algumas pessoas… Enquanto isso, a capital paulistana registra 9,7% da população acima dos 18 anos com diagnóstico médico.

Esses dados são da Pesquisa Vigitel 2021, conduzida pelo Ministério da Saúde e mostra que os índices de depressão dos brasileiros estão acima da média. Enquanto a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 5% dos adultos em todo o planeta tenham a doença, entre os brasileiros são 11,3%. Sem dúvida, outras pesquisas nos contam que os Transtornos de Humor – “grupo” de transtornos mentais do qual a depressão faz parte, são os que mais incapacitam pessoas laboralmente falando, no mundo!

Agora pergunto a você: o que nos leva, psicólogos e/ou psiquiatras a diagnosticar nossos pacientes com depressão?

Antes, vou falar um pouquinho sobre o conceito DEPRESSÃO, e trago sua definição tomando por base o DSM-5 que é o nosso Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais: ” a depressão é caracterizada por um grau de tristeza muito grave ou persistente, podendo acabar interferindo no dia a dia da pessoa, diminuindo o seu interesse ou prazer em suas atividades diárias”.

Complemento trazendo que quem recebe esse diagnóstico, apresenta uma deficiência de substâncias neurotransmissoras, como a serotonina, mais conhecida popularmente como a química da felicidade.

Faz sentido, não é?

O que eu quero dizer a vocês, é que há uma questão neuro, química e fisiológica e, portanto, demanda uma avaliação delicada e minuciosa,  precisamos ter uma atenção a detalhes, uma escuta atenta e estarmos bem conectados com o paciente para identificar um quadro depressivo. Mas, vou citar alguns sintomas facilmente observáveis:

 

  1. Uma tristeza inexplicável ao longo do dia, por vários dias
  2. Sentimentos de culpa ou de que é inútil, sem motivo aparente
  3. Alteração no apetite, seja para mais ou para menos, o que acaba refletindo no peso do paciente (o que pode ainda potencializar o sofrimento)
  4. Alteração no sono, hipersônia ou insônia. E isso pode ocorrer diariamente ou várias vezes na semana
  5. Dificuldade em tomar decisões corriqueiras, que antes não eram complicadas
  6. Pensamentos de morte ou suicidas

 

Chamo a atenção para a importância do tratamento contínuo, incentivado, também, pelo Ministério da Saúde, e reforço: o protocolo Padrão Ouro no Tratamento para os Transtornos de Humor, que têm alta comorbidade com os Transtornos de Ansiedade é a combinação da Terapia Cognitivo-Comportamental e a farmacologia prescrita por médicos com especialização em psiquiatria.

No mais, lembrem-se que estou perto de vocês!

Com carinho,
Priscilla Freund

Priscilla Freund

Psicóloga Sistêmica com especialização em Terapia Familiar e de Casal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Coach Executiva membro da Sociedade Latino-Americana de Coaching com especialização em Gestão Estratégica de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

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