A influência familiar nos nossos relacionamentos

A influência familiar nos nossos relacionamentos

A influência familiar nos nossos relacionamentos 150 150 Priscilla Freund

Já contei a vocês sobre a influência familiar passada através das gerações, sim? Já falamos também a respeito da importância em identificar e modificar os pensamentos distorcidos, as emoções provocadas por esses pensamentos e como, em resposta à essa combinação, nos comportamos. Lembram?
Em outras palavras, a partir da genética e das experiências ao longo da vida, desenvolvemos um padrão de percepções e reações, assim, pensemos em crenças e no repertório verbal e comportamental. Contudo, esse padrão nos pode ser útil em determinadas situações ou nos causar bastante problema em outras.
Quer um exemplo de falas que nos provocam pensamentos distorcidos, então emoções e comportamentos igualmente prejudiciais?  ” Dou um boi para não entrar numa briga, mas dou uma boiada para não sair dela ” –
Farinha pouca, meu pirão primeiro ” – ” Que vantagem Maria leva? ” – ” Onde mata o boi, lá esfola ” – ” Para bom entendedor, meia palavra basta ” – Quem já ouviu alguma dessas clássicas recheadas de segundas ou até, primeiras intenções?
Quanto à essas intenções, me refiro às inclinações reveladas por meio das palavras em tons de ditados populares. O que estaria por trás dessas máximas? Evitar entrar em brigas, porém, uma vez nelas não sair até que se tenha ganho. Ou, em caso de poucos recursos, tirar a vantagem extrema. Relacionar-se representa receber ganhos, fazer bom proveito, ter benefício próprio, ou ainda, se uma discussão é iniciada, ir até o fim e saber que esse fim deve representar uma vitória, é tudo ou nada.
Pois saibam, mesmo para um bom entendedor, uma única palavra não basta. Relacionar é concatenar ideias, dar e receber ( não necessariamente nessa ordem), conviver, confrontar, pautar, descrever, expor, familiarizar. Relacionar é conhecer, e em uma palavra somente, sem chance.
E com essa informação, reflito sobre a qualidade das nossas relações . Dependendo das nossas habilidades para lidar com conflitos, tomar decisões em parceria com o Outro, comunicar eficientemente, cultivo de valores, compreensão, confiança e respeito, além, da capacidade de estabelecer intimidade, sexual e psicológica – sim, há de se levar em conta o quanto nos apresentamos disponíveis e dispostos a deixar que o Outro, a nós, acesse.
Uma relação, seja entre amigos, parceiros em negócios, pares em organizações, líderes e liderados, membros de uma equipe, namorados, cônjuges ou qualquer uma outra modalidade, pode ser fonte de prazer e aprendizado ou transtornos e dores de cabeça (não somente essa, mas no coração e na alma), vai depender da qualidade das trocas e dos, por que não, dos padrões aprendidos e repetidos por toda a vida.
Assumindo a responsabilidade daqui pra frente, vamos estabelecer boas negociações?
Com carinho,
Priscilla Freund

Priscilla Freund

Psicóloga Sistêmica com especialização em Terapia Familiar e de Casal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Coach Executiva membro da Sociedade Latino-Americana de Coaching com especialização em Gestão Estratégica de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

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