Procura-se um coração para amar, enquanto a pessoa foi jogar.

Procura-se um coração para amar, enquanto a pessoa foi jogar.

Procura-se um coração para amar, enquanto a pessoa foi jogar. 150 150 Priscilla Freund

 

Se conselho fosse bom, seria vendido – disse a minha mãe hoje ao telefone quando soube que eu estava lavando o banheiro de casa e corria o risco de ter caído e blá blá blá. O que isso tem a ver com a imagem de um coração que diz “haver vaga”? Ao primeiro olhar, nada. Mas, sou psicóloga e não conselheira, portanto, não vendo conselhos. Sabendo disso, posso usar da minha irresponsabilidade de apenas ser humana e aconselhar quem a mim, quiser ouvir.

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Parem os jogos amorosos! Não entrem nessa de disfarçar sentimentos, do tipo: não enviar mensagem ou ligar com menos de 24 horas, não dizer que ficou feliz em receber a ligação e que abriu um sorriso de orelha a orelha, bancar estar ocupado (a) quando em plena quarentena estava com o celular nas mãos esperando numa ansiedade doida pela ligação daquela pessoa, fingir estar “enrolada (o)” com o(a) ex quando na verdade está livrinha(o) da Silva, esconder a alegria ao ser convidado(a) para assistir um filme juntinho – nem que seja, cada qual na sua casa, vai saber – admitir que ficou sem gracinha e não sabe o que responder no meio de uma conversa, etc. Seja qual for o seu pensamento, sentimento ou intenção, deixem-nos claros!

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Quando conheci meu marido, em algum momento da conversa, ele me perguntou se eu queria um professor de alemão ou um namorado alemão (eu o conheci no avião lendo um livro de título em alemão, então, comentei que eu estudava alemão mas que a minha professora tinha interrompido as aulas por precisar retornar à Alemanha e, que eu tinha tido um namorado alemão mas que tínhamos terminado o namoro, bem isso) e, bem rápida e objetiva que sou, respondi – quero os dois!

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Nisso veio um convite para um jantar, alguns telefonemas que duravam a eternidade, outros jantares, algumas viagens e NADA do pedido ou qualquer sinal que indicasse um compromisso. Novamente, decididamente lhe disse que queria namorar e casar, e que se ele achava que não seria com ele, que não precisava me ligar mais. Pá!

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Então o ouvi dizer – pois bem, estamos namorando e se assim for, possivelmente, vamos nos casar! E pulei de alegria, sem fazer charminhos, afinal, era isso o que eu queria, ou melhor, era ele quem eu queria.

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Sabe o porquê de eu sugerir a verdade? Por haver um coração amoroso e disponível que sabe o que quer e não tem vergonha de falar a quem lhe quiser ouvir. Se você sabe que não quer brincar, não busque jogar. E se ele, ou ela, achar que não está pronto, ou pronta, para se relacionar, que você é maravilhosa, ou maravilhoso, e especial e que merece alguém melhor que ele, ou ela, e que o problema é ele, ou ela, e não você, que ele, ou ela, tem medo de se entregar novamente e sofrer, e toda-aquela-conversa-para-boi-dormir, ah, que vá jogar em outro terreno e lhe poupe essa rodada. Guarde as suas cartas!

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Lembrem-se, para ter sorte no amor, tem que ser ruim de jogo. Entre conselhos e ditados populares, escolha a sua vontade.

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Com carinho,

Priscilla Freund

Priscilla Freund

Psicóloga Sistêmica com especialização em Terapia Familiar e de Casal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e Coach Executiva membro da Sociedade Latino-Americana de Coaching com especialização em Gestão Estratégica de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

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