Ser sábio na arte da comunicação é entender o que não é dito, no momento em que as palavras saem truncadas e representam o oposto do que é, de fato, ouvido. Trabalhando com casais nesses últimos meses, e principalmente os casais binacionais – brasileiros com alemãs (começando por mim) com canadenses, com indianos, com americanos, com chineses, com italianos, e com brasileiros – nosso país tem proporções continentais, o que me leva a pensar em diversas culturas em uma só, a nossa tão complexa cultura brasileira, o nosso jeitinho que é cheio de verdades não ditas, sorrisos no lugar de lágrimas, simpatia no lugar de dizer umas boas verdades, o sim quando seria por vontade um redondo NÃO, o ir querendo ficar, em outras palavras: não somos o preto no branco e ponto. Imaginem, nos misturando a outros, com suas próprias características e também, complexidade?! Uma colcha de retalhos na qual, se as palavras não forem ditas e expressarem nada mais além das verdades, que diacho de comunicação é essa?!
E trago essa questão, também ao mundo corporativo. Atuo não somente em consultório, mas no desenvolvimento de pessoas nas organizações, e presencio uma série de mal-entendidos devido a comunicação falha, ineficiente. Na tentativa de achar uma solução que ajudasse os meus clientes, pacientes e a mim mesma, tirando o peso do problema nas costas de pessoas e, o substituindo pelo alívio do foco na solução, apresento a vocês uma fala estruturada em cinco letrinhas – Q – O – I – C – A.
QUANDO? (Sabe aquele dia…Lembra da última vez em que…Nas nossas férias, no mês passado…)
O QUE? ( que você me pediu para…, que um cliente nosso, ligou dizendo…, que a sua mãe me contou…,)